domingo, 23 de outubro de 2011

O propinoduto das ONGs

Criadas para solucionar a ineficiência do poder público, as organizações não governamentais se tornaram um dreno de dinheiro estatal.

Pedro Marcondes de Moura e Vasconcelo Quadros - Fonte: Revista Isto é 
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"O governo vai ver o currículo, a folha corrida e
a experiência. Se tiver ficha suja, não participa"

Jorge Hage, ministro da CGU
Uma promessa de solução à inoperância e burocracia do Estado conquistou a opinião pública brasileira em junho de 1992, quando representantes de mais de nove mil ONGs discutiram o futuro ecológico do planeta com 108 presidentes da República no mesmo tom de voz. Realizada no Rio de Janeiro, a ECO-92 mostrou a força do terceiro setor. Cidadãos desvinculados de causas partidárias tinham na iniciativa privada a principal fonte de recursos. Situação bem diferente do cenário atual. Hoje, 55,7% dessas instituições operam graças a transferências de dinheiro público. Entidades fantasmas, aparelhamento político, desvios de recursos e outras ações pouco republicanas viraram práticas associadas às organizações não governamentais. Não à toa, da crise do governo Collor, no caso LBA, até a gestão de Dilma Rousseff, as ONGs ocupam posição de destaque nas tramas de corrupção. 

Em setembro, ISTOÉ começou a trazer à tona os desvios de verba no Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. A reportagem mostrou que as ONGs permanecem como uma verdadeira caixa-preta. Faltam dados primários, como quantas existem e quanto dinheiro movimentam. A última pesquisa abrangente realizada sobre o tema foi feita em 2006 pelo IBGE. Foram identificadas 338 mil instituições do gênero. Atualmente, estima-se que este número já tenha ultrapassado as 400 mil. É como se houvesse uma entidade para cada 475 pessoas. A falta de transparência também se reflete nas transferências de recursos. Não há dados oficiais sobre a soma dos montantes repassados pelos governos municipais, estaduais e federal. Esse ambiente obscuro é um prato cheio para as práticas escusas. “As ONGs ocupam papel de destaque nos casos de assalto à máquina pública”, constata Gil Castello Branco, do Contas Abertas. Só a Controladoria-Geral da União identificou irregularidades em 387 entidades apoiadas com dinheiro federal. ISTOÉ teve acesso a uma relação com sete delas, destacadas como inadimplentes pela CGU. Há repasses de diversos ministérios. A Associação de Alfabetização Solidária recebeu, por exemplo, verbas da pasta da Educação. Já a Associação de Reposição Florestal do Piauí foi contemplada com recursos da Integração Nacional.
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ISTOÉ ANTECIPOU
Irregularidades envolvendo a ONG Pra Frente Brasil, que recebeu verbas do Esporte
Nos últimos 16 anos, a expansão das atividades desempenhadas pelas ONGs foi tão notável que o governo federal repassou mais de R$ 70 bilhões às entidades sem fins lucrativos. O problema é que, em vez de se submeterem a licitações, elas são contratadas por chamamento, possibilitando que políticos e partidos direcionem o processo. Depois de assinados, os convênios dificilmente passam por uma auditoria que investigue se o plano de trabalho, elaborado na fase inicial, está sendo realizado. E, por último, grande parte da prestação de contas não é analisada ou sequer entregue. Há uma fila com milhares de contratos esperando análise no Tribunal de Contas de União (TCU).

Pressionado pela repercussão dos recentes escândalos, o governo começou a se mexer. Segundo o ministro da Controladoria-Geral de União, Jorge Hage, a partir de agora, nenhum repasse será feito para entidades que não tenham pelo menos três anos de experiência na atividade pleiteada. Haverá também uma convocação pública para selecionar os convênios e a obrigatoriedade de que os ministros assinem os contratos antes do repasse de verbas. “O governo vai ver o currículo, a folha corrida e a experiência. Se tiver ficha suja, não participa”, assegura Hage.
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Palhaços da política


Sucesso de Tiririca anima partidos a lançar uma trupe de subcelebridades para as eleições de 2012

Alan Rodrigues - Fonte: Revista Isto é
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ATRÁS DE VOTOS
O palhaço Bubu, o humorista Henriquepédia,
Tiririca com o filho Tirulipa, e a Mulher-Maravilha
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Tiririca faz escola. O palhaço que nas eleições do ano passado foi escolhido por um em cada 16 eleitores paulistas como seu representante para a Câmara dos Deputados virou caso de marketing, tema de estudos acadêmicos e agora se transforma numa espécie de item programático para partidos de diferentes colorações. Haverá uma legião de candidatos-tiririca disputando vagas nas câmaras de vereadores do País em 2012. Na sexta-feira 7, quando foi encerrado o prazo de filiação partidária para a próxima eleição, as legendas mostraram que têm uma trupe de subcelebridades escalada para buscar um eleitor que está disposto a protestar ou que simplesmente mostra desprezo pela atividade política.

A lista começa pelo PSB. Os socialistas filiaram Tirulipa, o filho do palhaço-deputado, para concorrer a uma cadeira de vereador em Fortaleza (CE). Everton Silva, o Tirulipa, de 26 anos, chegou a ser cortejado pelo PRB e pelo PR, partido do pai, mas acabou optando pelo PSB do governador Cid Gomes. “Nos enxergam só como palhaços, mas por traz da maquiagem existe um homem, um pagador de impostos que tem o direito de se candidatar”, filosofa Tirulipa. O deputado Waldemar Costa Neto, presidente nacional do PR, que idealizou a candidatura de Tiririca, agora aposta no palhaço Bubu, que há 30 anos faz seus números pelas ruas de Mogi das Cruzes (SP), base eleitoral de Waldemar. “Palhaço é um símbolo de protesto e vou me apoiar nisso”, diz Edvaldo Hermenegildo, o Bubu. O sonho de “ganhar a vida com a política” também motivou o humorista Charles Henriquepédia, do programa Pânico, a se inscrever no PTdoB, no Rio de Janeiro. Em São Paulo o partido arrastou a dançarina de funk Mulher-Pêra que poderá disputar a prefeitura da capital. Na mesma linha, o DEM baiano apelou para a Mulher-Maravilha, personagem incorporado pela dançarina Ciça Chagas. Ela ganhou alguma notoriedade no carnaval passado com um hit que insinuava sexo entre os super-heróis. Outro investimento dos Democratas é o anão Pepy Safado, personagem da noite baiana que se apresenta como ‘minidançarino’ de uma banda de pagode.

Para o cientista político Antônio Lavareda, especialista em comportamento eleitoral, pelo menos três fatores explicam o abuso na utilização de figuras excêntricas como puxadores de voto: o nível baixo de identificação dos eleitores com os partidos, o desgaste das lideranças políticas tradicionais e o sistema de escolha proporcional. “Isso é uma verdadeira selva para o eleitor se identificar”, avalia Lavareda.

Todo o mundo pode ser empreendedor?

Entenda a diferença entre os empreendedores por necessidade e por oportunidade

 Editado por Priscila Zuini - Fonte: Revista Exame

Como pensam e agem os jovens empreendedores
Todo mundo pode ser empreendedor?
Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo
Existem fatores para estimular a formação empreendedora de uma criança, como incentivar o lado sonhador e construtivo, ter exemplos de empreendedores na família e estudar o tema, mas a verdadeira semente empreendedora nasce apenas em algumas pessoas.
O empreendedor por oportunidade, ou por natureza, que é aquele sempre disposto a arriscar, nunca confortável com o "normal" ou o "padrão". Esse empreendedor é o mesmo que quer mudar o mundo, acredita que o pode fazer isso e faz de tudo para conseguir. O dinheiro é importante, mas não é o principal motivador, é apenas uma consequência de um plano maior de realização: fazer seu próprio negócio dar certo, ter autonomia e engajamento total.
Quem abre um negócio mais por necessidade do que por vislumbrar uma oportunidade não é menos empreendedor. Aprender técnicas de empreendedorismo, estudar conceitos e ouvir gente experiente são caminhos interessantes para estimular as pessoas. A grande diferença entre os dois tipos de empreendedores fica clara quando o primeiro obstáculo chega.
Para quem nasceu empreendedor, se o obstáculo for o fim do caminho, ele cria um novo caminho e continua a viagem. Isso serve de exemplo a todos os outros, que podem muito bem aprender a empreender tão bem quanto os empreendedores natos. Ser empreendedor é mais do que uma profissão, é um estilo de vida e são eles que mudarão o mundo em que vivemos.

Tópicos

  

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Alugue um marido

Direitos do Consumidor

Direitos do Consumidor

Código de Defesa do Consumidor

Marido de Aluguel


Pratique
  1. Cite alguns dos problemas mencionados no vídeo.
  2. Quais profissionais você chamaria para resolvê-los? Eu chamaria o... para que...
  3. Como surgiu a ideia do marido de aluguel?
  4. Como é o trabalho do marido de aluguel (público, serviços, materiais, horários, etc.)?
  5. O que quer dizer?
  • Fazer bico(s).  
  • Dar um jeito/jeitinho em algo, no problema, na situação.  
  • Dar um pulo/pulinho na casa da pessoa.


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A nova classe média brasileira - Parte 6

A nova classe média brasileira - Parte 5

A nova classe média brasileira - Parte 4

A nova classe média brasileira - Parte 3

A nova classe média brasileira - Parte 2

Cresce número de brasileiros voltando para o Brasil

Pré-Sal: o início de tudo

Pré-Sal: uma nova etapa na exploração do petróleo

Aumenta o pedido de vistos para profissionais estrangeiros

Estados Unidos enviam americanos para novas oportunidades no Brasil

Brasil se torna rota de trabalho para estrangeiros

Número de estrangeiros trabalhando no Brasil sobe quase 20% em 2011