sexta-feira, 31 de maio de 2013

Entrevista com Mia Couto


11 perguntas (de adolescentes) para Mia Couto – e uma entrevista inspiradora

por: Marina Azaredo

E se você tivesse a oportunidade de entrevistar um escritor? Pois os alunos do 3º ano do Ensino Médio do Colégio São Luís, em São Paulo, tiveram. E não foi um escritor qualquer. Há duas semanas, os adolescentes estiveram com o moçambicano Mia Couto no auditório da escola. Em quase duas horas de conversa, os meninos não se intimidaram: fizeram perguntas inteligentes e não deixaram espaço para silêncios constrangedores (a propósito, veja o que o escritor tem a dizer sobre o silêncio na oitava pergunta).

Eu estive lá para acompanhar a entrevista e, junto com os alunos, ri e me emocionei com as respostas de Mia. Ao final, ainda tive a chance de perguntar a ele sobre a diferença que a Educação fez em sua vida. Confira abaixo a entrevista e encante-se com as histórias de Mia Couto, um dos maiores escritores africanos da atualidade. (Fiz questão de deixar as respostas na íntegra. Ficaram longas, mas valem a leitura, garanto!)

1 – Você lutou pela independência de Moçambique durante a guerra civil. Como a sua vivência como militante da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) marcou o seu trabalho como escritor?

Marcou de várias maneiras. Foi um processo longo, de escolhas, de um certo risco em um dado momento. Foi algo que me ensinou a não aceitar e a não me conformar. É a grande lição que tiro, que também me ajuda hoje a estar longe desse movimento de libertação, que se conformou e se transformou naquilo que era o seu próprio contrário. Mas eu acredito que ser uma pessoa feliz e autônoma é uma conquista pessoal. Não se pode esperar que algum movimento social ou político faça isso por você. Isso é algo que resulta do nosso próprio empenho.

2 – Como é ser escritor em Moçambique?

Vou contar um pequeno episódio que pode ajudar a responder a essa questão. Um dia eu estava chegando em casa e já estava escuro, já eram umas seis da tarde. Havia um menino sentado no muro à minha espera. Quando cheguei, ele se apresentou, mas estava com uma mão atrás das costas. Eu senti medo e a primeira coisa que pensei é que aquele menino ia me assaltar. Pareceu quase cruel pensar que no mundo que vivemos hoje nós podemos ter medo de uma criança de dez anos, que era a idade daquele menino. Então ele mostrou o que estava escondendo. Era um livro, um livro meu. Ele mostrou o livro e disse: “Eu vim aqui devolver uma coisa que você deve ter perdido”. Então ele explicou a história. Disse que estava no átrio de uma escola, onde vendia amendoins, e de repente viu uma estudante entrando na escola com esse livro. Na capa do livro, havia uma foto minha e ele me reconheceu. Então ele pensou: “Essa moça roubou o livro daquele fulano”. Porque como eu apareço na televisão, as pessoas me conhecem. Então ele perguntou: Esse livro que você tem não é do Mia Couto?”. E ela respondeu: “Sim, é do Mia Couto”. Então ele pegou o livro da menina e fugiu.

Essa história é para dizer que, para uma parte dos moçambicanos, a relação com o livro é uma coisa nova. É a primeira geração que está lidando com a escrita, com o escritor, com o livro. Nós, escritores moçambicanos, sabemos que escrevemos para uma pequena porcentagem da população, que são os que sabem ler e escrever. O livro tem uma circulação muito restrita. Mas, mesmo assim, as tiragens dos meus livros em Moçambique giram em torno de 6 mil, 7 mil exemplares, o que é um número alto. Quando comparo com as tiragens que faço no Brasil, posso dizer que o Brasil não vai muito além. O Brasil não lê tanto quanto pensamos. Se contarmos a população inteira do Brasil e apenas aquela que lê e compra livros, veremos que a situação é proporcional à de Moçambique.

3 – O que os escritores fazem para promover o livro em Moçambique?

A Associação de Escritores de Moçambique faz encontros em escolas primárias e secundárias e em fábricas. E aí tentamos fazer alguma coisa. Mas os livros estão muito caros. É o trabalho que escritor faz, mas é uma panaceia, porque o resto não depende do escritor.

4 – Quais são os maiores problemas de Moçambique hoje?

Antes de responder à pergunta, eu vou dizer uma coisa. A imagem que nós temos uns dos outros é feita muito de clichês, de estereótipos. Vocês também têm uma imagem feita fora. A primeira vez que eu vim a São Paulo, há alguns anos, fui protagonista de uma história engraçada. Quando eu estava saindo de Moçambique, disseram-me que São Paulo era perigosíssima, que havia balas perdidas, gente morrendo, e eu comecei a ficar cheio de medo. Uma das minhas filhas me dizia até que eu ia morrer. Na viagem de avião, que dura onze horas, eu vim pensando que era um perigo e que eu seria assaltado. Tinham me dito para tomar cuidado quando chegasse ao aeroporto, porque tinha saído na Globo – lá também temos Globo – que havia falsos táxis que raptavam as pessoas.

E, de fato, eu já estava contaminado com aquela coisa. Quando cheguei, tinha um motorista da minha editora, mas ele não estava usando uniforme e não tinha nenhuma identificação. Eu logo perguntei se ele tinha identificação e ele disse: “Não, eu sou o Pepe”. E foi me conduzindo por um corredor e dizendo que o carro estava lá no fundo. E o carro não era propriamente um táxi. E a ideia de que eu estava sendo raptado começou a soar na minha cabeça. Quando entrei no carro e sentei ao lado do motorista, eu já estava olhando para a frente e pensando “esses são os últimos momentos da minha vida, vou reviver todo o meu passado, como nos filmes”. Até que o motorista pegou algo no porta-luvas. Era uma coisa metálica, para o meu desespero. E ele estendeu essa coisa e disse: “Aceita uma balinha?”. Vocês estão rindo, mas eu não tinha nenhuma vontade de rir, porque balinha lá não quer dizer a mesma coisa que aqui. Quer dizer bala no sentido literal mesmo, projétil de bala. E aí eu só consegui pensar que estava sendo assaltado, que aquele homem ia me matar, mas que era o assassino mais simpático que eu podia encontrar.

Isso é para mostrar como construímos a imagem uns dos outros. A imagem que se tem da África fora da África é sempre associada à fome, à miséria, à guerra. Mas os africanos não vivem todos assim. Ele são felizes, são construtores de vida, têm uma vida social riquíssima, têm culturas diversas, é o lugar no mundo onde há mais diversidade do ponto de vista linguístico e cultural. Então os problemas que temos são os mesmos da maior parte dos países africanos. Têm a ver com a miséria, têm a ver com o fato de que a sua própria história é muito recente. Moçambique teve uma guerra civil de 16 anos, em que morreram muitas pessoas. Quando morre uma pessoa, tanto faz se é militar ou civil, mas o que é mais triste é que as guerras da África são guerras que matam sobretudo os civis. Os soldados morrem pouco, porque muitas vezes se transformam em forças descomandadas, já que não existe um Estado forte e não há territórios definidos. Mas a África toda não é isso, há grandes histórias de sucesso. Moçambique é ao mesmo tempo uma grande história de sucesso, porque a guerra acabou em 1992 e, quando eu pensava que nunca mais ia ver a paz, o governo conseguiu instalar a paz juntamente com a sociedade civil. E hoje Moçambique é um grande parceiro internacional de investimento e de outros governos. Por exemplo, hoje o Brasil está muito presente em Moçambique, com projetos de construção, de estradas, portos, barragens etc. Portanto, acho que Moçambique vive hoje um momento muito feliz. Mas continua sendo um dos países mais pobres do mundo.

5 – Com sua obra, você conseguiu apresentar a realidade de um país, e até de um continente. Como é a sua relação com Moçambique?

Eu não me considero representante de Moçambique, me considero apenas representante de mim mesmo. Eu tenho duas dificuldades: eu sou de um continente em que os brancos são minoria. Os brancos moçambicanos são minoria. Num país de 21 milhões, os brancos são 10 ou 20 mil. Portanto, eu não poderia ser o representante de qualquer coisa, se é que existe isso de representatividade. E a outra dificuldade é que eu tenho nome de mulher. Agora já não acontece tanto, mas antes, quando eu ia visitar um outro país, muitas vezes estavam esperando uma mulher negra. E eu ficava no aeroporto esperando que alguém viesse falar comigo e nada. Já tive desentendimentos terríveis.
Uma vez fui visitar Cuba e tinham organizado um presente para cada membro da delegação de jornalistas. Voltei com uma caixa de presentes. Na época, vivíamos em guerra. E, na guerra em Moçambique, nós vivíamos em uma situação-limite, não tínhamos nada. Nós saíamos de casa em busca de coisas para comer. Era essa a situação que meus filhos tinham de enfrentar todos os dias. Então eu estava fascinado com aquela coisa de ter ganhado um presente. Quando cheguei em Maputo, abri aquela caixa e eram vestidos, brincos, eram coisas para uma mulher, para a senhora Mia Couto. Então eu não me sinto representante nesse sentido, mas sinto que o fato de seu ser conhecido hoje fora de Moçambique me obrigar a ter uma responsabilidade para com o meu próprio país. Então, quando estou fora, eu tento divulgar a cultura de Moçambique, os outros escritores. Trago livros de escritores moçambicanos e entrego às editoras, para saber se é possível que sejam editados etc.

6 – E com Portugal?

Eu sou descendente, sou filho de portugueses e tenho uma relação com Portugal muito curiosa, porque eu não conhecia Portugal até eu ser adulto. Só fui a Portugal quando eu comecei a publicar meus primeiros livros. E era uma coisa muito estranha, porque a concepção africana de lugar é que o lugar é nosso quando os nossos mortos estão enterrados no lugar. E eu não tenho mortos em Moçambique, infelizmente. Então os meus mortos estão enterrados em algum lugar no norte de Portugal. E eu fui ver esse lugar. Eu queria ver justamente porque queria ter essa relação quase religiosa com o lugar.

O que acontece é que os meus pais imigraram para Moçambique quando eram jovens, tinham 20 anos, e viveram toda a sua vida lá, nunca mais tiveram relação com Portugal. E eles contavam histórias de um país que, ao mesmo tempo que me fascinava, era uma coisa muito distante. O que acontecia é que a minha mãe, ao contar histórias sobre a sua família, seus tios e avós, trazia para mim e para meus irmãos uma presença que nos fazia muita falta, porque todos os meus amigos tinha avós, tios e falavam dos primos. Eu não tinha ninguém. A minha família eram os meus pais e os meus três irmãos. Então o que a minha mãe fazia ao contar histórias era inventar a família inteira. Eu precisava ter um sentimento de eternidade que era conferido por essas histórias que a minha mãe contava. Mas eram quase todas mentira, quase todas eram inventadas por ela.

7- Qual é a sua opinião sobre a reforma ortográfica?

Eu não sou a favor. Considero que alguns dos motivos que foram invocados para a reforma ortográfica não são verdadeiros. E acho que é uma discussão com a qual os portugueses, principalmente, ficaram muito nervosos, porque, para Portugal, mexer na língua é uma coisa muito sensível. Algumas pessoas de Portugal acreditam que a língua é a última coisa que eles têm, que é a primeira e última coisa que têm, é um sentimento imperial da sua própria presença no mundo que foi posto em causa. Mas a minha questão não é essa. É que eu sempre li os livros dos brasileiros e nunca tive problema nenhum, nunca tive dificuldade nenhuma. Para vocês, que estão lendo meus livros em português de Moçambique, existe alguma dificuldade particular por causa da grafia? Ou a dificuldade é o resto e essa é a única coisa que não é difícil?

Eu acho inclusive que haver uma grafia que tem alguma distinção, um traço de distinção pode trazer um outro sabor a uma escrita. E os brasileiros conhecem muito pouco de Moçambique, de Angola ou de São Tomé. Às vezes eu ando na rua e tenho uma dificuldade enorme para explicar quem eu sou. Na verdade, isso eu não sei explicar, mas a dificuldade é para explicar de onde eu venho. Quando falo que não sou de Portugal, sempre fica uma coisa difícil. Fazem as perguntas mais estranhas sobre o que pode ser Moçambique, se é um país que fica perto do Paraguai, por exemplo. Então a distância entre nós não é um problema que deriva da ortografia, deriva de outras coisas, de política, de uma falta de interesse, de um distanciamento. Isso não será resolvido mudando o acordo ortográfico.

8 – O que pode mudar a imagem negativa que muitas pessoas têm da África?

Há várias Áfricas e eu estou falando daquela que eu conheço. Essa África que eu conheço sobrevive por um espírito de solidariedade, de abertura e de respeito com os outros. A forma que os africanos têm de se abordar, de saber um dos outros é uma coisa genuinamente autêntica. Quando eu estou cumprimentando alguém, quando estou falando com alguém, eu dou espaço para o outro. Então há uma lição de escutar os outros. Eu nunca falo quando o outro está falando, dou espaço, não tenho medo do silêncio, que é uma coisa que acontece aqui. As pessoas estão conversando, de repente há um silêncio, e isso é um peso, é uma coisa da qual temos que nos libertar, é uma ausência. Na África, essa ausência não existe. Nesse silêncio, há sempre alguém que fala. São os mortos. Por exemplo, a relação com o corpo. É preciso ter tempo para encontrar alguém. Quando eu estou falando com um homem, eu cumprimento com um aperto de mão. Mas o aperto de mão não é igual, tem um ritual. Depois do aperto, a mão fica na mão da outra pessoa. Não tem nada a ver com interpretação gay. A mão fica na mão da pessoa com quem estamos falando, e essa mão não tem peso, é uma mão leve. Porque se fala com o corpo. Temos essa liberdade de poder usar o corpo para dizer coisas que não podem ser ditas pela palavra. São coisas pequenas que nos mudam muito interiormente. É uma capacidade de estar disponível para os outros. E capacidade de ser feliz.

Eu também encontro muito isso no Brasil. Tem a letra de música brasileira que diz “levanta, sacode a poeira, dá volta por cima”. Eu acho que isso é, em grande parte, uma herança africana. Isto é para não ficar lamentando a desgraça. Eu acho que, se os europeus vivessem as dificuldades que vivem os africanos, eles seriam muito amargos. Aliás, já são. A forma como os africanos celebram a alegria de viver e o fato de que qualquer momento é um momento de festa, de celebração, de dança, de canto, acho que é outra coisa que é importante aprender. Há uma tolerância profunda. Vocês vão ouvir mil histórias sobre intolerância, e essas histórias também são verdadeiras.  O mundo é feito dessa coisa contraditória, mas a verdade é que há uma tolerância muito grande. Essa tolerância nasce de uma coisa. O que eu vou dizer agora é muito importante: a África só pode ser entendida se vocês perceberem que a África tem uma outra religião. Essa África negra tem uma outra religião. Essa religião não tem nome. Não é o candomblé, não é a umbanda, é outra coisa. É uma religiosidade que não se separou das outras esferas do pensamento. Não é um sistema de pensamento. Na África que eu conheço, existem os deuses das famílias. Você tem os seus deuses, eu tenho os meus deuses. Isso significa que eu não estou muito preocupado em te convencer de que existe uma verdade só, que é uma coisa muito típica das regiões monoteístas, que é uma verdade que tem de ser imposta ao outro e o outro tem de seguir esse princípio. Você pode ter a sua verdade, eu tenho a minha, e está tudo certo. Acho que essa é a razão para os africanos terem essa tolerância.

Mas a verdade é que africanos são muito parecidos com todos os outros. Essa ideia de que a África é muito diferente, muito exótica existe só na cabeça de algumas pessoas. Mas há uma coisa que é preciso ser dita. Em uma sociedade que é muito pobre, às cinco da manhã, às vezes eu saio de casa e vejo as pessoas já acordadas, atravessando quilômetros a pé, andando 30, 40 quilômetros para ir à escola, saindo de casa sem o café da manhã e tomando simplesmente uma xícara de chá com muito açúcar para dar energia, para ir para a escola aprender. Eu tenho um prazer enorme de ir às escolas em Moçambique, porque os meninos estão ali com uma fé quase religiosa. Eles estão ali absorvendo, têm os olhos abertos até o infinito, estão completamente ali. Não se ouve uma mosca passando na sala. É um investimento que eles fazem em uma outra esperança, em uma outra crença. É impressionante. Mas há escolas em Moçambique nas quais eu não vou: a escola americana, por exemplo, que é uma chatice. É uma vida feita de facilidades, em contraste com essa vida de conquistas, em que as pessoas têm de sair de manhã e têm de lutar. Às vezes nem tenho coragem de perguntar a esses meninos o que eles fizeram para chegar à escola naquele dia. Muitas vezes o giz é feito com pau de mandioca seca. Às vezes, não há sala. É uma árvore. E não há cadeiras, as pessoas sentam no chão. No entanto, aqueles meninos estão todos os dias ali na escola, assim como os professores. Isso é uma grande esperança. É um universo de gente que sabe que tem de fazer isso para construir uma vida diferente. É uma grande escola.

9 – Como você e as personagens da sua obra dialogam com o mundo contemporâneo, que é marcado pelo consumismo e pelo hedonismo?

Eu acho que um jogo de construção e desconstrução porque esse mundo que você retrata como sociedade do consumo existe e não existe em Moçambique, porque muitas vezes consumimos muito pouco. Consumimos mais aquilo que é ilusão. Cada vez menos o Estado confere Educação e saúde, e nós temos que conseguir isso por outras vias. Então o que eu procuro fazer nos meus livros é uma coisa que eu posso fazer como escritor. Eu não posso lutar para além desse limite, que é sugerir que há outros caminhos, que é possível sonhar, que não podemos ficar acomodados, resignados. Obviamente eu não posso propor uma tese ou um modelo alternativo nos meus livros, nem saberia fazer isso, mas posso incentivar o gosto, a vontade.

10 – Como você vê os seus personagens no cinema? Como é a visão física deles?

É um estranhamento, porque aquilo que eu criei não tinha voz nem rosto, nem para mim mesmo. Então de repente o personagem tem uma voz. Mas, mesmo que seja a mais bela voz do mundo ou o rosto mais belo do mundo, o fato de ter um rosto e uma voz e não estar aberto e não ter vozes múltiplas é uma perda. Por isso, eu me distanciei. Se participo do filme, é somente para pontualmente dar algum apoio, mas não como alguém que tenha competência para isso, porque eu não tenho. Eu quero que o realizador de cinema faça um produto distante, que é capaz de se soltar, ganhar asas e sair do texto escrito, senão perde como livro e perde como filme.

11- Você gostou de “Um rio chamado tempo, uma casa chama terra”, filme baseado em seu livro?

Mais ou menos. O que tinha de dizer já disse ao realizador, que é meu amigo. Gostei, mas não gostei.

Para saber mais:

Marina Azaredo
Por 

dia 19 de agosto de 2011

Repórter do Educar para Crescer, viciada em livros, filmes e pessoas inteligentes. Decidiu mudar o mundo aos 12 anos e ainda não desistiu - e acredita que isso só é possível por meio da Educação.

terça-feira, 19 de março de 2013

Criadores do Pró-álcool criticam a eficiência dos atuais motores flex


Segunda - 20 Abr 2009
. Carta Capital

Álcool ou bicombustível? Não há um só especialista no setor, fora as montadoras, que não opte pelo primeiro. O professor Bautista Vidal, criador do Proálcool, radicaliza: “O carro flex é uma embromação. Não é econômico e não é ecológico. Um carro exclusivamente a álcool seria muito melhor”, afirma o físico, que defende a criação, pelo governo, de uma empresa de economia mista para o etanol. O questionamento dos pesquisadores diz respeito principalmente a um ponto, o consumo de álcool no motor flex, muito maior do que quando se abastece com gasolina.

A própria Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) reconhece que há uma perda, ao se abastecer com álcool, entre 20% e 40% de combustível. “A perda é sabida e sempre existiu. É intrínseca ao álcool”, diz o presidente da Comissão de Energia e Meio Ambiente, da Anfavea, Henri Joseph Jr. “Agora, dizer que um carro monocombustível seria melhor é uma besteira enorme, é o mesmo que comparar banana com melancia. O bicombustível extrai o melhor de ambos.”

Para os especialistas, não é bem assim. “O flex é um bom carro a gasolina e um carro a álcool apenas regular”, diz o engenheiro mecânico Paulo Ewald, que trabalhou no Proálcool. Para Ewald, não houve nenhuma evolução ao se desenvolver o “lado álcool” do motor flex, que tem praticamente o mesmo desempenho dos carros a álcool de vinte anos atrás em termos de consumo. “Outro dia a Nissan lançou seu primeiro carro flex (o Livina), que faz 17,5 quilômetros por litro com gasolina na estrada e só 10,5 com álcool. É um absurdo.”

Ou seja, para o abastecimento com álcool valer a pena, o proprietário de um Livina teria de abastecer em algum lugar onde a diferença na bomba em relação à gasolina fosse de 70%, e o máximo alcançado no País hoje é 50%. De um modo geral, as próprias montadoras dizem que, para equilibrar a perda, só vale a pena abastecer o flex com álcool onde ele esteja valendo, no mínimo, 30% menos que a gasolina, o que acontece em dezessete estados. Em São Paulo e Pernambuco, por exemplo, o álcool é melhor. No Distrito Federal e no Pará, não.

A grande vantagem do flex apontada pelos fabricantes está na autonomia do proprietário ao poder optar por um ou outro combustível, sem ficar à mercê, como no passado, do bom relacionamento entre governo e usineiros ou de não haver álcool no interior do País. Por outro lado, reconhecem que o motor poderia melhorar. Como o motor a álcool precisa de uma compressão maior para sua combustão, e o flex funciona com a taxa de compressão da gasolina, uma das hipóteses seria fazer isso automaticamente, variando de acordo com o combustível que se coloca no tanque.

“Seria possível, tecnologicamente, variar a compressão de forma automática, mas isso faria o flex sair pelo dobro do que custa hoje, e o preço é um dos grandes atrativos do veículo”, avalia Henri Joseph. “Poderíamos ainda turbinar o motor, mas o preço também iria lá para cima.” O engenheiro mecânico Ewald discorda. “A Bosch já desenvolveu um trifuel com compressão variável, feita através de um leitor de combustível. Seria uma solução mais barata”, opina.

“Por ser um motor pensado para a gasolina, o flex possui a tolerância, mas não a eficiência”, afirma o pesquisador Sergio Figueiredo, explicando por que o flex é questionado quanto ao suposto menor dano ambiental. “É simples: se queima mais combustível, joga mais fumaça no ar. O ganho ambiental é limitado pelo consumo maior”, diz. Novamente, rebate a Anfavea: “A geração de poluentes não depende da quantidade de combustível, mas da qualidade da queima. E os limites de emissão são os mesmos para a gasolina e para o álcool”, afirma Joseph.

Por Cynara Menezes

Carro Flex consome mais do que o previsto

Etanol rende menos de 70% que a gasolina em quatro de cada cinco automóveis. Sem conhecer o consumo do veículo, motorista pode escolher errado
Publicado em 01/05/2012 | FERNANDO JASPER

Quase todo proprietário de carro flex já ouviu falar que o etanol rende 30% menos que a gasolina e que, por isso, um automóvel abastecido com álcool rodará apenas 70% do que rodaria usando o derivado do petróleo. É essa diferença de rendimento que justifica a “regra dos 70%”, segundo a qual é mais econômico encher o tanque com etanol sempre que ele custar até 70% do preço da gasolina. No entanto, testes de laboratório revelam que, na grande maioria dos automóveis flex, o motor movido a etanol é mais “beberrão” que se pensava – e quem fizer a opção usando a fórmula tradicional pode gastar bem mais do que o necessário.
Para avaliar a eficiência energética dos automóveis à venda no país, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) testou 105 modelos, que representam 55% do mercado brasileiro, e calculou seu consumo na cidade e na estrada.
Rendimento Etanol/Gasolina
Confira o consumo médio para cada veículo utilizando Etanol, Gasolina, e a Relação E/G (relação etanol/gasolina nos postos de Curitiba: divisão do preço do etanol pelo da gasolina)
Metodologia
Teste em laboratório simula condições reais de consumo
Na 4.ª edição do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, cujos resultados foram divulgados no mês passado, o Inmetro fez testes de laboratório com 155 veículos à venda no país. O instituto explica que “somente os testes em laboratório permitem que os veículos sejam avaliados de forma padronizada, em condições controladas, garantindo que as medições possam ser repetidas e utilizadas em uma comparação uniforme entre modelos de veículos diferentes”.
Para aproximar os resultados de laboratório das situações reais de uso, o Inmetro adotou um “fator de ajuste” que busca “embutir” no dado final aspectos como qualidade do combustível, estado dos pneus, uso de ar-condicionado, conservação de ruas e rodovias e mesmo as diferentes maneiras de dirigir. Segundo o instituto, graças a esse ajuste – também usado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos –, os resultados do levantamento se assemelham ao consumo médio obtido por 80% dos motoristas.
Serviço
Seu carro é eficiente?
No site do Inmetro, você pode pode conferir a tabela completa da 4.ª edição do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, que também traz o selo de eficiência energética de cada veículo, eles receberam notas de A a E, do mais para o menos eficiente dentro de cada categoria.
Com base nesses dados, a Gazeta do Povo constatou que, em 73 dos 92 carros flex avaliados pelo instituto, o álcool rende menos de 70% da gasolina no trânsito urbano. Ou seja, a “regra dos 70%” não vale para quatro em cada cinco veículos. Na estrada, o etanol é ainda menos vantajoso: em 75 modelos seu rendimento relativo ficou abaixo do patamar difundido ao longo dos últimos anos pela indústria automobilística.
“As montadoras fizeram muitos testes para chegar ao índice de 70%. Mas ele não é 100% preciso, porque cada carro tem uma característica e cada motorista uma forma de dirigir. Trata-se de uma aproximação, até para facilitar as contas”, explica o engenheiro mecânico Jorge Riechi, coordenador da especialização em Engenharia Automotiva da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Os números mostram que, se os preços do etanol já estavam pouco atraentes pela fórmula convencional, são ainda menos competitivos quando considerado o consumo real da maioria dos veículos. Na média dos automóveis testados pelo Inmetro, a eficiência do álcool em relação à gasolina é de 68% – e, em boa parte dos casos, o preço do etanol será desvantajoso assim que ultrapassar esse porcentual.
Caso a caso
O mais indicado, no entanto, é que cada motorista conheça a relação etanol/gasolina específica de seu carro – até porque, como mostra o estudo do Inmetro, ela varia bastante conforme o modelo. No Honda Fit 1.4 de câmbio automático, por exemplo, a relação é de apenas 60%: na cidade, o modelo faz 11 quilômetros por litro (km/l) com gasolina e apenas 6,6 km/l com álcool. O Renault Clio 1.0 fica no outro extremo da tabela: com um litro de álcool, percorre 8,6 quilômetros, 75% do que roda com gasolina (11,5 km/l). Em 14 veículos da amostra, a eficiência relativa do etanol é de exatamente 70% – para eles, portanto, ainda vale a velha fórmula.
Se seu carro não estiver na tabela do Inmetro, você pode consultar o manual do veículo (alguns trazem estimativas de consumo) ou recorrer ao computador de bordo, quando houver. Mas o mais indicado, ensina Riechi, é fazer o cálculo por conta própria. “Encha o tanque com o combustível e, ao fim, anote quantos quilômetros ele fez. Fazendo isso umas três vezes com cada combustível, você chegará a uma estimativa muito próxima do consumo real de seu carro, que vai refletir também a sua forma de dirigir.”
Etanol, há 10 meses em desvantagem
Prejudicado pela falta de investimentos na ampliação e renovação de canaviais – o que mantém a oferta limitada e as cotações lá em cima – e pelo congelamento dos preços da gasolina, o etanol completou dez meses como a opção menos vantajosa para os carros bicombustíveis em Curitiba. A última vez em que ele foi a melhor alternativa foi em junho de 2011, quando seu preço médio equivalia a 66% do da gasolina.
Na semana encerrada em 28 de abril, o álcool era vendido a uma média de R$ 1,98 por litro, o equivalente a 76,3% do preço médio da gasolina (R$ 2,60), conforme pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ou seja, a gasolina é, de longe, a melhor opção, tanto pela regra dos 70% quanto considerando a média de rendimento etanol/gasolina verificada nos testes do Inmetro (68%). Abastecer com o combustível vegetal não compensa nem mesmo para o modelo em que o álcool alcançou a melhor eficiência relativa – o Renault Clio Campus 1.0, cujo índice é de 75%.
Essa desvantagem faz o consumo do produto cair pelo segundo ano seguido no Paraná. Segundo a ANP, no primeiro bimestre as distribuidoras venderam 100,6 milhões de litros de etanol, pouco mais da metade do registrado no começo de 2011 (196,3 milhões). Em janeiro e fevereiro, o combustível de cana representou apenas 19% das vendas para veículos leves e a gasolina, 81%. Na mesma época do ano passado, as proporções eram de 38% e 62%, respectivamente.
Em boa parte dos casos, quem opta pelo etanol o faz por falta de informação, por preguiça de fazer a conta ou porque está em um momento de pouco dinheiro no bolso. O montador Gilmar da Silva é um dos poucos que faz a escolha certa. Enche o tanque com o combustível vegetal a cada dois meses, a fim de preservar o rendimento do carro. “Sempre uso o combustível que tiver o melhor custo/benefício, mas de tempos em tempos eu troco para não viciar o motor flex”, detalha.
O corretor de imóveis Fábio Lada diz que usa álcool em seu Uno Mille porque nesse carro o combustível rende mais. “Com este carro, especialmente, ainda sinto que é vantajoso usar o etanol. Já com o meu Ecosport, percebo que vale mais a pena usar gasolina.” (FJ)
Colaborou Pedro Brodbeck, especial para a Gazeta do Povo.

Carros Flex são a melhor opção?

27/02/2011

Por Karine Teixeira / Foto: Reprodução
(adaptação)


Os carros flex, chamados também de motor bicombustível, são movidos a álcool e a gasolina. Eles apresentam vantagens em relação a veículos movidos a um só combustível, já que permitem a alternância entre o etanol e a gasolina

“Um carro flex consiste em uma vantagem, pois, como a economia internacional é instável, ela pode sofrer alterações do dia para a noite e, assim, afetar o preço da gasolina, por exemplo”, conta o economista Reginaldo Franco.

Caso isso aconteça, ele explica que quem tem um carro flex poderá optar por abastecer seu veículo a álcool e, deste modo, economizar. “Este tipo de motor também é vantajoso para quem não tem um posto de combustível fixo para abastecer seu carro, pois pode ser que em um determinado posto de abastecimento compense financeiramente o álcool e em outro estabelecimento compense a gasolina, podendo o dono de um automóvel flex fazer a opção que mais agrade ao seu bolso”, conta Franco. 

Segundo o gerente de uma concessionária da cidade, Cláudio Campos Faria, as vendas de carros flexs somam cerca de 80% nas vendas. “Embora o álcool seja mais barato, ele não tem o mesmo desempenho da gasolina. Por exemplo, enquanto um carro faz dez quilômetros com a gasolina, só faz sete com o etanol,”. 

Como os preços e desempenhos são diferentes, é preciso adotar um cálculo para ver qual dos dois sai mais barato. A conta é simples: se, ao dividir o preço do álcool pelo preço da gasolina, o resultado der abaixo de 0,7, o álcool é o combustível mais econômico. A gasolina sairá mais em conta, se o valor do cálculo der acima de 0,7. “Para escolher o tipo de combustível mais adequado às suas necessidades, é preciso perceber o que o mercado tem para oferecer e avaliar as vantagens e desvantagens,” aconselha o economista.

Atualmente, são produzidos diversos tipos de gasolina sendo utilizada tecnologia própria para fabricar constituintes da gasolina e misturá-las entre si e com os aditivos através de formulações convenientemente definidas para atender aos requisitos de qualidade do produto. “A vantagem quando o assunto é gasolina é o combustível utilizado na combustão do motor, pois o arranque e  o desenvolvimento do carro são mais eficientes que um motor a diesel, por exemplo”, destaca o gerente.  Ele ainda conta que a utilização de gasolina com aditivos ajuda a manter limpos os sistemas de injeção, o que significa que o desgaste das peças diminui protegendo o motor. 

Já as desvantagens do uso desse tipo de combustível é o seu preço, além de poluir o ar com as emissões de CO2 e ser uma fonte esgotável, dependente do petróleo. O gasóleo é o combustível utilizado em motores de combustão interna, e é utilizado nas mais diversas aplicações, tais como automóveis, caminhões, pequenas embarcações marítimas, máquinas de grande porte e aplicações estacionárias (geradores elétricos, por exemplo).  “Os componentes do gasóleo são selecionados de acordo com as características de ignição e de escoamento adequadas ao funcionamento dos motores diesel.  Recentemente, o diesel de petróleo vem sendo substituído pelo biodiesel, que é uma fonte de energia renovável”, explica Faria. Como vantagens do gasóleo, trata-se de um combustível mais econômico que a gasolina, que garante elevados níveis de performance. Como desvantagens do gasóleo, os carros não se desenvolvem tão bem como os a gasolina no arranque. Com temperaturas muito baixas, o gasóleo pode congelar no depósito, polui o ar com as emissões de CO2, além de ser uma fonte esgotável, dependente do petróleo. 

O gás de petróleo liquefeito (GPL) é uma mistura de gases de hidrocarbonetos utilizado como combustível em aplicações de aquecimento (como em fogões) e veículos. As vantagens é que o combustível é mais limpo, mais econômico e rentável, e amigo do ambiente, sendo uma boa aposta para reduzir a poluição atmosférica. As desvantagens do uso de GPL são que este é um gás obtido através da destilação do petróleo, o que significa que também não é renovável. Apesar de libertar gases menos nocivos à Camada de Ozônio, um tanque GPL também emite vapores para a atmosfera.

Problemas com carros Flex

segunda-feira, 4 de março de 2013

Gentileza urbana


Gentileza no trânsito
Fonte: Portal Brasil
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Um dos maiores problemas de quem enfrenta o trânsito nos centros urbanos brasileiros é o estresse. Os engarrafamentos, as imprudências e o mau comportamento de quem trafega pelas ruas das cidades podem tirar a concentração dos condutores de caminhões, automóveis, motos e bicicletas, e também de pedestres, causando acidentes que poderiam ser evitados.

Segundo o último anuário estatístico do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a frota de veículos no Brasil praticamente dobrou em 11 anos. Passou de 30,9 milhões de unidades em 1998 para 59,3 milhões em 2009. Tantos automóveis, ônibus e motos circulando por vias urbanas e estradas do país exigem colaboração dos condutores e pedestres.

A Coordenadora de Educação para o Trânsito do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Rita Cunha, alerta que tanto motoristas quanto pedestres precisam praticar o respeito ao próximo, a tolerância e a gentileza no trânsito. “Ser um cidadão significa adotar uma postura a favor do bem comum. Cada um tem que fazer a sua parte. A colaboração mútua entre condutores e pedestres ajuda a resolver muitos problemas do trânsito”, explica.

E são esses gestos simples que fazem toda a diferença. Para os motoristas, respeitar as regras do código de trânsito e sinalizar as manobras, regular os faróis, parar antes dos cruzamentos e não estacionar na faixa de pedestre são atitudes que devem fazer parte do dia a dia. Segundo o Denatran, em 2009, 51,8 milhões de pessoas estavam habilitadas a conduzir veículos ou motos no Brasil, e o desafio é sensibilizar esses condutores para ter tolerância e promover a paz no trânsito. “As leis são reguladoras externas do comportamento humano, e a obediência no trânsito gera gentileza e também cidadania”, explica Rita Cunha.

É importante lembrar que não são apenas as pessoas que estão ao volante as responsáveis pela segurança no trânsito. Os pedestres devem obedecer a regras, como esperar na calçada o momento certo para atravessar a rua, utilizar passarelas em locais sem sinalização e nunca atravessar em local proibido.

Veja algumas dicas para praticar a gentileza no trânsito:

Motoristas


- Você saiu e bateu aquela vontade de tomar uma cervejinha? Deixe o carro em casa e aproveite sem preocupação.

- Ao parar no semáforo, fique de olho e não pare em cima da faixa de pedestre

-Usar o celular ao dirigir um veículo pode distrair o motorista. Que tal ligar antes de sair ou depois de estacionar?

- Não se esqueça de acionar a seta antes de virar. Outros motoristas e pedestres precisam saber para que lado você vai.

- Mantenha os faróis regulados e mostre que você é educado no trânsito, acionando a luz baixa ao cruzar com outro veículo.

- Passe pelos cruzamentos com muito cuidado. Fique atento a pedestres que podem atravessar distraidamente.

- Em dias de chuva, muito cuidado com a pista molhada. Não ande em alta velocidade e evite freadas bruscas e o risco de derrapagem.

- Ao atravessar um cruzamento tenha certeza de que você não vai bloquear a passagem de outros carros.

- Seja camarada e ofereça carona a quem precisa. Assim você ajuda a diminuir o número de carros na rua e a poluição em sua cidade.


- Fique atento ao sair de garagens ou postos de gasolina, pois a calçada é área comum com pedestres. Lembre-se, a preferência é sempre de quem está a pé!

Pedestres

- Tenha certeza de que você está vendo e sendo visto por todos à sua volta. Carros, motos e veículos precisam notar a sua presença!

- Ajude os idosos a atravessar a rua. Afinal, um dia você também pode precisar dessa mãozinha.

- Faça contato visual com o motorista antes de atravessar a rua e colabore para prevenir acidentes.

- Olhe sempre para os dois lados antes de atravessar a rua e não atravesse correndo.

-  Seja prudente. O lugar mais seguro para esperar o momento de atravessar é a calçada!

- Preste atenção quando passar por portas de garagem e postos de gasolina, pois são lugares comuns a carros e pedestres.

- Os adultos devem zelar pela segurança das crianças no trânsito. Segurá-las pelo punho é mais prudente que pela mão.

Pratique
  1. O que você opina sobre a gentileza urbana? Há gentileza no trânsito da sua cidade? 
  2. Você é gentil no trânsito como motorista e/ou pedestre? Das dicas acima, quais você geralmente não pratica? Por quê?
  3. Na sua opinião, que providências deveriam ser tomadas para uma maior conscientização das pessoas quanto à educação no trânsito?


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Conversa em Dia: Língua Portuguesa em Cabo Verde

Carro ou táxi? Qual vale mais a pena?


25/02/2013 - 03h00

Veículo de R$ 30 mil só vale a pena em SP se rodar mais de 17 km ao dia

MARIA PAULA AUTRAN
CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO
FolhainvestA inflação em alta e o reajuste do preço dos combustíveis deixaram mais caro manter um carro na garagem.
Cálculos do professor da FGV Samy Dana para a Folha mostram que, em São Paulo, hoje, só vale a pena financeiramente ter um veículo --considerando um carro pequeno, no valor de R$ 30 mil-- se o proprietário roda ao menos 17 quilômetros por dia, seja com álcool ou gasolina. Menos que isso, é mais econômico andar de táxi.
As contas consideram preço médio da gasolina em R$ 2,80 e do álcool em R$ 1,94, segundo pesquisa da Folha em 50 postos da capital paulista.
O quadro mais abaixo traz detalhes das comparações para veículos abastecidos com gasolina. Para álcool e outros valores, consulte calculadora interativa a seguir:
A simulação inclui, além do preço do veículo e de gastos com combustível, despesas como as com seguro, estacionamento e tributos, e a depreciação do bem.
"O custo de manutenção nunca para de aumentar", diz Reinaldo Domingos, educador financeiro.
"E estacionamento é um item preocupante. Está cada vez mais escasso e hoje pode custar R$ 50 por dia."
O IPCA (índice oficial de inflação) subiu 0,86% em janeiro, o maior valor para o mês desde 2003 e o mais alto mensal desde abril de 2005. A gasolina ficou 6% mais cara nos postos em São Paulo nos últimos 30 dias.
INVESTIMENTO
Para quem usa um carro pequeno basicamente para ir ao trabalho e voltar, por exemplo, e roda dez quilômetros por dia, a opção pelo táxi pode gerar uma economia de R$ 5.497 em um ano. Na poupança, essa quantia renderia R$ 279 no período.
Por isso, antes de comprar um automóvel, os especialistas recomendam avaliar todos os custos, e não apenas a parcela que cabe no bolso.
Editoria de Arte/Folhapress
vale pena carro taxi

Brasil atrai profissionais estrangeiros