sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Eternamente, Bossa Nova!

Eternamente, Bossa Nova

A Gazeta - MT, em 26/01/2011
Luiz Fernando Vieira
Da Redação
O Brasil foi descoberto em 1958! Não, não há erros nos livros de história. É que naquele ano 2 de nossas mais conceituadas riquezas se tornaram bem conhecidas pelo restante do planeta, a música e o futebol. Graças à conquista da Copa de Mundo e o nascimento da Bossa Nova pessoas em todas as regiões do planeta passaram a abrir os olhos para aquele país de dimensões continentais que destoava dos vizinhos latino-americanos, seja por sua língua (o único a falar português) ou pelos aspectos culturais que eram fruto de uma grande miscigenação.
Os 2 fatos são destacados por iniciativas distintas, mas que valem registro por sua importância. Criado por meio de lei, o Dia Nacional da Bossa Nova é comemorado em 25 de janeiro, por conta do nascimento dos pais do gênero musical que se tornou referência de música brasileira no exterior. No parecer, a equipe do Ministério da Cultura (MinC) reconhece o valor histórico e a contribuição da Bossa Nova na composição da identidade nacional. E considera que a data contribuirá para ajudar no reconhecimento, promoção e proteção da cultura brasileira, além de render justa homenagem a um grande ícone da música popular do país.
A Bossa Nova nasceu no Brasil como uma nova forma de tocar e cantar o samba, de uma maneira mais suave e minimalista. Ao longo dos anos, tornou-se um dos movimentos musicais brasileiros mais conhecidos em todo o mundo, associado a nomes como João Gilberto, Vinicius de Moraes, Antônio Carlos Jobim e Luiz Bonfá. A data foi escolhida por que, em 1958, Tom Jobim gravou o disco considerado o marco inicial da Bossa Nova, Canção do Amor Demais, com a cantora Elizeth Cardoso. Nesse disco, em que João Gilberto aparece apenas como violonista em algumas faixas, surgem já as primeiras harmonias e orquestrações mais tarde consagradas pelo gênero.
Para lembrar a Bossa Nova, a Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), vinculada ao MinC, promoveu, nesta terça-feira (25), a mesa-redonda “A interação harmônica, melódica e rítmica com o samba”, em que se discutiu a fonte maior de inspiração da Bossa Nova, o samba.
A taça é nossa – Outra iniciativa que vale uma ida à locadora é o documentário 1958 – O Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil, do jornalista José Carlos Asbeg, que pode ser visto em DVD. O filme narra a emocionante história do primeiro título mundial do futebol brasileiro, contada pelos próprios jogadores, conquistou a crítica e o público. O filme inclui as principais jogadas e todos os gols da seleção brasileira. Os dramas e as histórias de bastidores da maior epopéia do esporte nacional, com a qualidade de uma exibição cinematográfica. Os craques de 1958 redimiram o futebol brasileiro do trauma de oito anos antes, quando perdeu a dramática final para o Uruguai em pleno Maracanã. Foram seis jogos. Cada jogo uma história, uma epopéia: sustos, superações, pequenos heroísmos e a euforia do título. A taça Jules Rimet voltou na bagagem da delegação e fez do Brasil, definitivamente, o país do futebol.
Tão importante quanto o título, foi a revelação para o mundo da genialidade precoce de Pelé, o maior jogador de todos os tempos, e do fenômeno lúdico de Garrincha, o maior driblador que os campos já conheceram. Ao lado deles, um timaço que mesclava veteranos e novatos, que tinha a classe de Gilmar, a liderança de Nilton Santos, a categoria de Didi, a raça de Bellini e de Orlando, o pulmão de Zagalo, a valentia de Vavá e o equilíbrio de Zito e a regularidade de De Sordi e de Djalma Santos. é interessante ver os depoimentos dos adversários, unânimes em dizer que aquele era o time dos sonhos. (Com informações do MinC e da assessoria)

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