domingo, 17 de fevereiro de 2019

Redação 3 (texto) - De bem com a vida


Você é um(a) blogueiro(a) muito otimista e supersticioso(a) que está sempre em busca da felicidade e de formas diferentes de alcançá-la. Depois de ler a seguinte reportagem, você decidiu mostrar aos seus leitores-seguidores os diferentes pontos de vista, posicionando-se sobre cada postura e sugerindo, com base na própria experiência, algumas ações que considera que valem a pena (como uma simpatia), animando-os a participarem desta discussão. (Celpe-Bras 2004/1 - Adaptação)                                               

De bem com a vida

Carnaval, dinheiro e conforto podem despertar intensa alegria. Mas a verdadeira felicidade depende, acima de tudo, da capacidade de ficar satisfeito consigo mesmo
Camilo Vannuchi e Celina Côrtes

Ganhar na loteria, arrumar um namorado, tomar uma cerveja gelada. A felicidade pode estar em muitas coisas. Cada pessoa a vê de um modo diferente. Mas a sua incessante busca é o combustível de todos. Quem não quer ser feliz? No século IV a.C., o filósofo Aristóteles já anunciava, no livro Ética a Nicomaco, que a felicidade é a maior meta do homem. Esqueceu-se, porém, de ensinar os meios para alcançá-la. E, até hoje, cientistas, psicólogos e poetas se arriscam a apresentar as suas receitas. Até um economista, o mineiro Eduardo Giannetti, deu a sua contribuição no livro Felicidade (Cia. das Letras), no qual critica as sociedades que insistem em atrelar o tema à aquisição de bens de consumo.

Já o psicanalista carioca Luis Alberto Py considera a felicidade um estado interior. “Somos felizes quando valorizamos o que temos em vez de sofrermos com o que não temos”, resume. O psicanalista acredita que os bons sentimentos devem ser privilegiados, treinados e fortalecidos, como acontece com os músculos durante a malhação. Ressalta o poder da solidariedade – que provoca bem-estar em quem age pensando no outro – e deixa claro que a felicidade não depende de fatores externos. Cita como ferramentas o despojamento, o desenvolvimento da espiritualidade, a autoestima e a superação de infortúnios. “Mais importante é saber usufruir o tempo que temos para viver”, esclarece. Ele faz questão de diferenciar a efêmera alegria do Carnaval. “É uma festa em que as pessoas adiam os problemas para a Quarta-Feira de Cinzas. Sentem prazer, alegria, mas não exatamente felicidade”, analisa.


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