segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Redação 5 (texto) - Controle nas redes sociais

Como usuário das Tecnologias da Informação e Comunicação, após ler o seguinte artigo on-line, você resolveu enviar uma carta para ser publicada na “Seção do Leitor” da mesma Revista Digital comentando (apoiando ou rebatendo) os argumentos apresentados pela autora sobre a liberdade de expressão e abuso nas redes sociais, sugerindo alguma alternativa para esta problemática.

Redes sociais: liberdade de expressão ou abuso?
Patrícia Peck Pinheiro

A liberdade de expressão precisa ser não apenas exercida, mas ensinada nas escolas. Como se expressar de forma ética e juridicamente correta? Como manifestar sua opinião, seu direito de protesto, sua reclamação de consumidor sem que isso se transforme em um abuso de direito? O limite entre liberdade e prática de crime é bem sutil. E faz toda a diferença a escolha do texto, qual palavra será publicada para expor no mundo, em tempo real, um pensamento. Precisamos, então, de inclusão digital com educação. Em um contexto de maior acesso à tecnologia com serviços que viabilizam compartilhar informações e produzir conhecimento colaborativo, deve se saber também quais são as regras do jogo, que vão desde a proteção da reputação e imagem das pessoas até dar o crédito ao autor. Acredito que a grande maioria das pessoas não reflete muito sobre o que está comentando, publicando, ou melhor, documentando, nas redes sociais. E, infelizmente, é difícil exercer arrependimento, pois o conteúdo se espalha rapidamente e se perpetua! A maioria dos casos de solicitação de retirada de conteúdo do ar envolve, principalmente: a) uso não autorizado de imagem; b) ofensa digital; c) exposição de intimidade excessiva (em especial no tocante a menores de idade); d) uso não autorizado de marca e e) uso não autorizado de conteúdo (em geral infringindo direitos autorais). Então, eis uma questão relevante, como orientar os jovens, que estão na rede social, na grande maioria mentindo a idade? O problema da ética já começa aí. Os serviços destacam a responsabilidade de os pais darem assistência a seus filhos nos ambientes digitais. Um pai leva um filho ao cinema, mas não sabe o que ele está fazendo na “rua digital”. Talvez, esse nosso Brasil que está digital, seja, de fato, mais transparente. Isto significa que somos assim mesmo, gostamos de nos exibir, de falar mal dos outros, fazer piadas de mau gosto, publicar fotos das pessoas sem autorização. Será? Ou a geração Y nacional é que não foi bem orientada, que não conhece as leis, que acha que não vai haver consequências de seus atos? Devemos investir em duas políticas públicas digitais: a de educação e a de segurança. No tocante à primeira, deve se inserir, no conteúdo base da grade curricular do ensino fundamental e médio, os temas de ética e cidadania digital, que devem tratar sobre: a) proteção da identidade (contra falsa identidade e anonimato); b) exercício da liberdade de expressão com responsabilidade (contra os abusos); c) uso correto de imagens e d) produção e uso de conteúdos digitais conforme os direitos autorais (coibir plágio e pirataria). Os jovens precisam aprender como fazer o dever de casa sem copiar o conteúdo alheio! Quanto à questão da segurança, deve se por certo criar um time responsável pela vigilância das “vias públicas digitais”, para identificação rápida de incidentes e para aumentar a prevenção. Se o cidadão está na Internet, então o poder público e o poder de polícia têm que estar também, com ambientes preparados, com alta disponibilidade e com medidas que garantam a proteção dos dados dos brasileiros. De qualquer jeito, o mais importante não é ficar pedindo para tirar conteúdo do ar depois que o estrago já está feito, mas saber publicá-lo dentro de um modelo mais avançado de cidadania e respeito. Precisamos deixar de herança a vontade de criar e inovar. O uso da ferramenta tecnológica tem que ser feito a serviço do bem social. (Fonte: Revista Digital - Adaptação)

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